segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PLANO DE FORMAÇÃO 2011

O Centro de Estudos de História do Atlântico, prossegue, no ano de 2011, a sua oferta de Formação, com fundamento nas suas iniciativas culturais e propondo diferentes modalidades de avaliação, de acordo com as características que a definem. O desenvolvimento da reflexão crítica, a promoção do estudo autónomo e o enfoque nas competências de investigação, com base no produto cultural Conferências+Colóquio constitui a sua base e pertinência, conforme apresentado na sua proposta de Plano de Formação e que, no ano de 2011, radica na figura CICLO DE ESTUDOS.

AS INSCRIÇÕES para a frequência das Formações PODEM SER FEITAS:

1.       NA DIRECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO,

2.       NO BLOGUE http://www.cehaform.blogspot.com/,

3.       ATRAVÉS DO ENDEREÇO cehaform@gmail.com

I - TEXTOS E CONTEXTOS INSULARES - validada, pela DRE/SREC, ao abrigo do Despacho nº 106/2005, com um total de 25 horas.
A afirmação e a valorização do património cultural e literário da(s) ilha(s), os seus textos e contextos são objectivos deste Ciclo que ora se propõe a docentes do Ensino Básico e Secundário de todos os grupos de recrutamento.
Nesse âmbito, pretende-se potenciar novas competências, proporcionar espaços de discussão sobre as escritas e os escritores da ilha e promover, nas escolas, a criação e dinamização de grupos de reflexão e debate, em ambiente escolar.  
Este ciclo abarcará as seguintes sub-áreas: - Para uma História da literatura insular (seus textos e contextos); - Autores da Ilha; - Didáctica das competências da compreensão e expressão oral, leitura e escrita.
Calendarização: A formação, terá um total de 25 horas, repartidas da seguinte maneira: duas conferências, com a duração de 1:30h cada (dias 6 e 27 de Abril de 2011, das 18h00 às 19h30; 15:00h de trabalho autónomo; 5: 30h de trabalho presencial complementar e 1:30h destinada a avaliação.    


II – MOBILIDADES - Comunidades do Mundo na Madeira - Validada, pela DRE/SREC, ao abrigo do Despacho nº 106/2005, com um total de 25 horas.
O Ciclo - Mobilidades coloca, no âmbito da Formação docente, as questões da identidade e das componentes identitárias que in-formaram a cultura madeirense e a influência que os madeirenses exerceram nas identidades de outras regiões. A multi e a transculturalidade cruzam contributos, neste formato que se pretende enriquecedor para a docência. Neste sentido, e como ponto de partida, foram seleccionadas as seguintes comunidades: alemã, finlandesa e italiana, tradicionalmente menos expressivas que a comunidade inglesa, sobretudo ao nível da sua influência na economia da ilha. Procuraremos entender o relevo e o seu contributo para a vivência insular e em que áreas o mesmo se verifica. Foram convidadas personalidades, de nacionalidade estrangeira, residentes na ilha da Madeira para partilhar a sua experiência de vida aqui. As sessões assumem “um tom de conversa” onde o convidado fala sobre a sua relação com a Madeira e terão lugar nos dias 19 de Janeiro, 16 e 23 de Fevereiro, das 18:00 às 19:30.
Calendarização: Total: 25 horas, repartidas do seguinte modo: 10 horas presenciais que englobam a assistência às conferências, 5 horas de trabalho presencial complementar e 15 horas, não presenciais, de trabalho autónomo do formando. Em relação às sub-áreas temáticas, as sugestões são: as comunidades alemã, finlandesa e italiana, personalidades que se destacaram no seio destas comunidades, identidade insular versus outras mundividências.

III – GLOBALIZAÇÃO, UNIÃO EUROPEIA E REGIÕES ULTRAPERIFÉRICAS. - Validada, pela DRE/SREC, ao abrigo do Despacho nº 106/2005, com um total de 50 horas.
"A transponibilidade de todas as barreiras parece ser, actualmente, a descrição mais próxima do fenómeno, a que se convencionou designar "globalização". A ideia de uma comunidade partilhada, globalmente, em tempo real, por uma geografia díspar, fascina, ao mesmo tempo que assusta. A incerteza e a insegurança parecem, assim, definir uma atitude universal face a novas formas de exercício do poder, a entidades "invisíveis", a uma estranha sensação de constante e desenfreado controlo o indivíduo pelas novas agências e instâncias que definem as narrativas da História hodierna" [in Argumentário do Colóquio]. Pretende-se a) Proporcionar aos docentes um forum de reflexão acerca das questões da actualidade que se encontram disseminadas pelos conteúdos curriculares de diversas áreas disciplinares do Ensino Secundário; b) Contribuir para a in-formação desses mesmos docentes, nestas áreas fundamentais para a Formação Geral dos jovens, no séc. XXI; c) Facultar aos docentes ferramentas conceptuais e de âmbito documental que auxiliem na prática docente e na elaboração de materiais para os seus alunos. Domínios Científicos: 1-História da Madeira; 2-Nesologia; 3-Ultraperiferia e autonomia; 4-Organização política e territorial dos arquipélagos; 5-Globalização e Mundialização.
Calendarização: Total: 50 horas (40h presenciais prevendo a assistência às Conferências (de Janeiro a Maio de 2011, com a duração de 01h e 30m, cada) e ao Colóquio Internacional (a ocorrer dias 21, 22 e 23 de Setembro de 2011) + 10h de trabalho autónomo)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ciclo de Estudos Globalização, UE e RUPs



No âmbito dos estudos emanados deste Centro, tem sido cada vez mais importante a reflexão acerca da importância das ilhas já não e apenas, no quadro do Atlântico, mas no quadro mais amplo e complexo da globalização.

Ao dar início a um Ciclo de Estudos, complementando-o com a realização do Colóquio, o CEHA promove, no âmbito dos Estudos Insulares e Geopolíticos, um forum de debate que agenda contributos emanados dos diversos domínios implicados: os da decisão e da execução política e os académicos e científicos. Poderemos, assim, eventualmente, proporcionar um quadro de referência dos assuntos globais, no âmbito da União Europeia e das Regiões Ultraperiféricas.

Tendo em consideração as preocupações acima descritas, as conferências e palestras ocorrerão de Janeiro a Junho de 2011 e o Ciclo culminará com a realização do Colóquio de 21 a 23 de Setembro do próximo ano.

Iniciamos, dia 07 de Janeiro, com a conferência a cargo do Dr. Nuno Teixeira, eurodeputado pela Madeira. Seguir-se-ão:

António Almeida [UMa] – 28.01.11,
Francisco Santos [antigo Secretário Regional de Educação] 04.02.11,
Sérgio Marques [antigo eurodeputado, pela Madeira] 18.02.11,
Fernanda Cardoso [Directora Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa] 04.03.11
Rubina Berardo [Jovem investigadora no domínio da segurança, nas relações interestaduais] 18.03.11,
Ana Maria Kauppila [CEHA - Investigadora na Área dos Assuntos Culturais – políticas europeias] 29.04.11,
Tolentino Mendonça [Universidade Católica Portuguesa] 05.05.11.

[A conferência de encerramento, a 27 de Maio, carece, ainda de confirmação por parte do orador.]

A transponibilidade de todas as barreiras parece ser, actualmente, a descrição mais próxima do fenómeno, a que se convencionou designar “globalização”. A ideia de uma comunidade partilhada, globalmente, em tempo real, por uma geografia díspar, fascina, ao mesmo tempo que intimida. O fascínio, a par da incerteza e da insegurança parecem, assim, definir uma atitude universal face a novas formas de exercício do poder, a entidades “invisíveis”, a uma estranha sensação de constante e desenfreado controlo do indivíduo pelas novas agências e instâncias que definem as narrativas do presente.

A UE, enquanto organização supra-estadual, transnacional, definiu, no seu mais recente documento legal, pelo qual se devem reger todos os vinte e sete países membros, o Tratado de Lisboa [neste momento, já em processo de reformulação], o que parece configurar uma crescente despossessão dos Estados com o objectivo de instituir uma unidade de países a quem se outorga uma cada vez menor parcela de independência, conceito sobre o qual assentava, nas anteriores centúrias, o Estado-nação. A novel semântica político-social sugere um questionamento académico-científico que faculte respostas fundamentadas às questões que inquietam a Humanidade no séc. XXI, aos desafios da contemporaneidade.

As RUPs – entidades políticas e administrativas instituídas pela UE – dizem respeito a espaços insulares, arquipelágicos que, em função desses mesmos estatutos, detêm determinadas prerrogativas no quadro da União, sobretudo tendo em conta as respectivas ZEEs [Zonas económicas exclusivas] e o que se designa por “dificuldades permanentes” [do isolamento, dos transportes, da sustentabilidade ambiental, etc.]. No entanto, no âmbito alargado de uma organização supra-estadual e de um mundo globalizado, como podem as ilhas garantir a sua sustentabilidade futura e assegurar a sua própria viabilidade às gerações futuras? Serão “lobby”? Em que âmbito se define a ética do desenvolvimento? E, assim sendo, detêm – as ilhas - a força de pressão efectiva? Qual a sua real relevância geopolítica?

A “sobrevivência” destes espaços insulares, a sua resiliência, representam dimensões de um desafio maior que suscita a questão da preservação das identidades. Essa transformação, podendo ser oportunidade é, no entanto, responsável por tensões e equilíbrios precários que, não sendo negativos, podem, no entanto, provocar disrupções sociais significativas colocando em risco a questão central que se coloca a esses espaços e que é a da sustentabilidade, nas suas diversas vertentes.


Ana Maria Kauppila, Amílcar Pereira e Odeta Pereira

[NOTA:  Aguarda Validação pela SREC-DRE 
A assitência ao Ciclo é livre e gratuita.
Para inscrições relativas à Formação associada, por favor endereçar mensagem aqui ou para cehaform@gmail.com]